Prevejo uma UE em que as vozes de todas as gerações — jovens, idosas e intermediárias — sejam igualmente valorizadas na definição do nosso futuro comum. Uma sociedade verdadeiramente florescente seria intergeracional desde a conceção: onde os jovens trazem inovação e energia, as gerações mais velhas oferecem sabedoria e experiência, e as gerações médias ajudam a criar pontes entre os dois mundos através da liderança e da colaboração. O que deve acontecer agora para tornar isto real? Todas as principais políticas — do clima à habitação e à transformação digital — devem incluir consultas formais com os conselhos de juventude, as redes de quadros superiores e os fóruns intergeracionais, a fim de assegurar que as decisões beneficiam todos os grupos etários. A educação não deve parar na escola. Precisamos de programas robustos que ajudem os idosos a manterem-se empenhados nas novas tecnologias e capacitem os jovens com literacia cívica e democrática. As cidades devem promover polos comunitários partilhados onde as gerações se possam encontrar, trocar ideias e construir relações — desde projetos de coabitação a centros culturais de idades mistas. A justiça climática é intrinsecamente intergeracional. As decisões devem ter em conta os impactos ambientais a longo prazo e os jovens devem participar ativamente nas estratégias de sustentabilidade. Uma Europa unida começa com gerações unidas. Construamos pontes, e não muros, entre grupos etários — e concebamos políticas que ajudem todos os cidadãos, independentemente da idade, a contribuir para uma sociedade próspera e a beneficiar dela.