Uma via bem sucedida para alcançar a equidade intergeracional na UE reside na promoção de uma cultura de responsabilidade mútua e solidariedade entre gerações. Isto significa reconhecer as nossas próprias necessidades enquanto procuramos ativamente compreender e apoiar as necessidades dos outros. Com demasiada frequência, os jovens concentram-se na educação, na inovação digital e na ação climática, enquanto as gerações mais velhas estão mais preocupadas com os cuidados de saúde, as pensões e o envelhecimento seguro. Um grande desafio é que os jovens não conseguem compreender plenamente as preocupações do envelhecimento, tal como as gerações mais velhas podem ter dificuldade em compreender as rápidas mudanças culturais e tecnológicas que moldam as vidas dos mais jovens. Uma solução fundamental é o diálogo intergeracional — criando plataformas formais e informais para pessoas de todas as idades trocarem ideias e expressarem preocupações. Estes poderiam incluir fóruns públicos, consultas à escala da UE, projetos comunitários locais e espaços digitais. Para que estes diálogos tenham êxito, é essencial um mediador neutro e imparcial para ajudar a facilitar o compromisso e prevenir conflitos. O objetivo não é que todos consigam tudo o que querem, mas que todos se sintam ouvidos, valorizados e respeitados. A nível político, a UE e os seus Estados-Membros devem realizar avaliações de impacto intergeracional para todas as principais leis e iniciativas, tal como as avaliações ambientais são agora normalizadas. Tal contribuirá para assegurar que as decisões políticas refletem as necessidades e os interesses de todas as gerações, presentes e futuras.