A condição básica para o êxito de uma política de justiça intergeracional é desenvolver a pertença e a solidariedade intergeracional em toda a sociedade e reforçar o respeito mútuo entre gerações. No domínio da elaboração de políticas públicas, é, por conseguinte, muito importante criar e cultivar empatia pelas necessidades de outros concidadãos e desenvolver a capacidade de ver as suas necessidades legítimas no contexto das necessidades e de outros grupos-alvo. As políticas públicas são orientadas para toda a sociedade e devem refletir as diferentes necessidades dos diferentes grupos sociais e etários da população. Por conseguinte, devem ser envidados esforços para colocar os jovens em pé de igualdade com todos os outros grupos-alvo cujas necessidades e interesses são abordados pelas políticas públicas e que são convidados a participar nos processos de tomada de decisão. Ao assegurar que os representantes da juventude, em toda a sua diversidade, são regularmente consultados e ouvidos na elaboração das políticas públicas, é necessário preparar os jovens para poderem ver e promover os seus interesses e necessidades nestes processos de tomada de decisão, no contexto das necessidades e de outros grupos-alvo das políticas públicas. Tal permitir-lhes-á propor soluções justas aceitáveis a nível intergeracional. Se os jovens adquirirem esta capacidade, poderão participar activamente na política com a autoconfiança adequada e a possibilidade de sucesso, com o objectivo não só de escolher uma representação política justa entre gerações, mas também de ser eleitos e, de um modo mais geral, de decidir sobre a direcção democrática da nossa sociedade.