Como líder na linha da frente na assistência social a adultos, trabalhei em serviços de demência e agora apoio pessoas com dificuldades de aprendizagem. Em ambas as funções, testemunhei como os sistemas isolados falham às pessoas em pontos-chave da transição na vida — seja dos serviços de crianças para adultos ou da independência para a dependência da prestação de cuidados na velhice. Estas falhas não são técnicas, mas estruturais. O que falta são infraestruturas que reconheçam a vulnerabilidade como uma responsabilidade social e não um infortúnio individual. Temos de construir sistemas integrados em que a habitação apoiada, os serviços de saúde mental, os cuidados flexíveis e a ligação à comunidade não sejam ofertas fragmentadas, mas direitos coordenados. Sem isso, a justiça intergeracional é retórica sem raízes. Do planeamento da força de trabalho ao design de serviços, temos de pensar ao longo da vida. Tal significa apoiar as pessoas que prestam cuidados com funções e formação sustentáveis e assegurar que os sistemas respondem à evolução das necessidades ao longo do tempo. Uma sociedade justa não responde apenas à crise — antecipa-a. Esta visão reflete as ideias que encontrei no trabalho político sobre o envelhecimento e a saúde mental. Espero que indique o valor da participação – não apenas como um direito, mas como a base de sistemas resilientes e dignos. Esta contribuição reflete o meu compromisso com esse objetivo.